segunda-feira, 27 de maio de 2013

Coletivo de Juventude do Campo e Cidade do Alto Sertão Sergipano promove escola de formação política.

Entre os dias 30 de maio á 02 de junho de 2013 na Cidade de Nossa Senhora da Gloria, vai acontecer à segunda etapa da Escola de Formação da Juventude da Classe Trabalhadora, A atividade constitui em um espaço de integração e formação.
 A Escola de formação contara com a participação da juventude do (MST) Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, (MPA)
Movimento dos Pequenos Agricultores, Grupo de Teatro Oiteiros, Grupo Raízes Nordestina, Grupo de Teatro Valdice Freire, Pastoral da Juventude Rural, Grupo de Jovens Missão e Fé, Grupo de Jovens Mistura Nordestina, Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos, FETASE e Grupo de Jovens Renovadores em Cristo.
O objetivo da Escola de Formação será para fortalecer a formação política de militantes jovens a partir do estudo e aprofundamento teórico e pratico e fortalecer a construção da unidade política ideológica entre a juventude dos grupos e movimentos sociais, visando também à oportunidade da vivência e de socialização de experiência e de intercâmbio cultural da juventude que compõem os grupos e movimentos sociais do estado de Sergipe para afirmação da luta.


 “Juventude que ousa lutar, constrói o poder popular”.


“Fechar escolas no campo é uma tragédia educacional”, declara ministro

Em audiência com o Ministro da Educação Aloizio Mercadante, nesta quinta-feira (23/5), representantes do MST apresentaram uma proposta de parceria com o Ministério da Educação (MEC) para a construção de novas escolas no campo, além de promover uma ação articulada junto ao ministério para impedir o fechamento das escolas já existentes.
O ministro comentou que o "fechamento de escolas no campo é uma tragédia educacional. Estamos atrás de obter escolas e não fechá-las”, ressalta.
Segundo Maria Cristina Vargas, do setor de Educação do MST, “a educação é fundamental para o desenvolvimento do campo brasileiro. Portanto, não só manter, como também construir novas escolas no campo deve ser priorizado pelo governo”, afirma.
A ação articulada entre o MEC, Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e MST consiste em promover um Seminário que vá discutir junto aos secretários de educação municipais a importância de garantir a construção e permanência de escolas no campo e orientá-los em como acessar o sistema do ministério.
Maranhão e Alagoas são os estados que apresentam os casos mais graves de fechamentos de escolas no campo. O movimento vai promover junto ao ministério uma ação articulada de audiências públicas nos respectivos estados para pautar a importância da educação no campo.
O ministro afirmou que o MEC não tem restrição alguma em estabelecer parceria com os movimentos sociais para avançar no processo da educação no campo, e anunciou a construção de 3000 escolas rurais até 2014, uma vez que o problema não é financeiro e sim operacional.

Da pagina do MST.

Acesse: www.mst.org.br

sexta-feira, 24 de maio de 2013

MST comemora a conquista do pré-assentamento Josué de Castro em Poço Redondo (Alto Sertão de Sergipe)

"Foi uma luta sofrida e difícil, mas valeu a pena." Nesta sexta-feira, 24 de maio, depois de 10 anos de luta, Maria José Anjo da Silva, coordenadora do acampamento Josué de Castro (município de Poço Redondo, SE), e as 26 famílias acampadas no local puderam, enfim, celebrar a sua vitória.


As 26 famílias Sem Terra conquistaram a terra da antiga fazenda Lagoa da Vila, que pertencia até então a um fazendeiro do município de Nossa Senhora da Glória. O caminho da vitória foi árduo: as famílias tiveram que resistir durante 10 anos debaixo da lona preta, escaudada pelo sol do Sertão,e ficar firmes frente às ameaças de despejo. Elas enfrentaram também a truculência do fazendeiro: "Uma noite, teve um tiroteiro na frente dos barracos.Ficamos com muito medo", lembra Maria.

O fazendeiro resistiu até a última hora: mesmo depois da emissão de Posse, ele tentou impedir que as famílias Sem Terra organizassem a festa da vitória dentro da sede da antigua fazenda. Mas as famílias não se deixaram intimidar: "Entramos, porque agora a área é nossa. Não é mais a fazenda Laoga da Vila, agora estamos no pré-assentamento Josué de Castro."

O acampamento Josué de Castro se destacou pelos esforços das famílias para organizar e embelezar o local. Os acampados plantaram mudas nativas, buscando água de uma barragem distante, com baldes, para aguar as plantas durante todo o verão. Enfeitaram o acampamento com lindas estátuas de madeira, tornando o Josué de Castro um dos acampamentos mais lindos do Estado. "Companheiros e companheiras, vocês são o nosso orgulho. Preservar o meio-ambiente, organizar coletivamente e limpar o acampamento: isto é o MST.", parabenizou o deputado estadual João Daniel (PT).

"Agora esta área que nunca foi produtiva vai ver famílias plantando, produzindo alimentos.Não tenho palavras para dizer a nossa alegria", se emocionou José Augusto, dirigente do MST-Sergipe.

O ato contou também com a presença de representantes do governo do Estado e do Incra. Leonardo Gois, Superintendente do Incra em Sergipe, parabenizou a vitória das famílias. Segundo o Superintendente, o pré-assentamento "vai entrar agora em uma segunda fáse: a criação do assentamento, que vai trazer às famílias  as políticas públicas voltadas ao público da reforma agrária.







quinta-feira, 23 de maio de 2013

Construtoras não cedem e greve continua

A Assembleia Legislativa (AL) aprovou o requerimento de autoria do deputado João Daniel (PT) convidando o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil em Sergipe (Sintracon), Raimundo Luiz Reis, para que em pronunciamento ele possa falar sobre as reivindicações da categoria. Desde o último dia 13 os trabalhadores da construção civil estão em greve em Sergipe.

De acordo com o autor da propositura, o sindicalista será ouvido no grande expediente ou na Comissão Parlamentar de Infraestrutura e Obras Públicas da Assembleia. A data ainda será combinada. A expectativa do parlamentar é que a partir da exposição do presidente do Sintracon na Assembleia o movimento possa ganhar ainda mais apoio do Parlamento Estadual à luta desses trabalhadores.

O deputado João Daniel desde o início das mobilizações da categoria tem acompanhado a luta dos trabalhadores, participando, inclusive, dos atos de mobilização que têm sido realizados diariamente. Na terça-feira, ele encerrou o ato realizado na colina do Santo Antônio, na capital.

Sem avanço nas negociações, nesta quarta-feira os operários da construção civil novamente se reuniram no início da manhã, na praça Olímpio Campos, no Centro de Aracaju. Na oportunidade, eles decidiram pela manutenção da greve. João Daniel disse que espera que os patrões possam reconhecer a importância dos trabalhadores da construção civil para o desenvolvimento do Estado, nesse importante momento que vive o setor em Sergipe e no Brasil.

Intermediação - Tentando encontrar uma solução para o fim do impasse entre setor patronal e trabalhadores, o deputado João Daniel solicitou uma audiência com o vice-governador, Jackson Barreto, para que representantes dos operários possam expor a atual situação dos que fazem a construção civil no Estado. O encontro irá acontecer nesta quinta-feira, dia 23.

A pauta de reivindicação dos trabalhadores em greve solicita aumento salarial de 15%, cesta básica no valor de R$ 150, além de auxílio saúde. Até o momento, a proposta apresentada pelos empregadores foi de reajuste de 8% e cesta básica de R$ 50, a partir do mês de setembro, sem contemplar avanços no que se refere à área da saúde.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Movimentos Sociais fazem formação política a partir da Realidade Brasileira.

Durante os dias, 18 e 19/05, no Assentamento Moacyr Wanderley (Quissamã), militantes dos movimentos sociais participaram de formação a partir da realidade brasileira. A 1ª etapa da formação do CRB teve como tema A Formação Cultural do Povo Brasileiro”, O advogado e militante da Consulta Popular, Ricardo Gebrim de São Paulo, facilitou os debates a partir da obra “O Povo Brasileiro” de Darcy Ribeiro.


O curso nasceu da necessidade de se retomar a formação de militantes de forma mais sistemática, se voltar a pensar o Brasil e o Projeto Popular, a viabilidade da construção do Brasil como nação através das potencialidades, criatividades e da formação histórica, social, cultural e econômica do seu povo.

A formação é uma realização do Levante Popular da Juventude, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (MOTU), Associação Sergipana de Hip Hop (ALPV), Aliados pelo Verso, Consulta Popular, Central Única dos Trabalhadores (CUT), e Assembléia Popular. O curso Realidade Brasileira se estende até o mês de novembro com um fim de semana de formação por mês. O próximo módulo será estudado nos dias 15 e 16 de junho, tendo como tema: ‘A Formação Econômica do Brasil’, com base nas obras de Caio Prado Jr. & Celso Furtado.

Neste sentido, queremos ocupar esse espaço na sociedade. Para nos ajudar nessa tarefa, ninguém melhor que os clássicos brasileiros, pensadores (as), intelectuais e militantes que interpretaram o Brasil com originalidade, criticidade e profundidade. Orientados pelos ideais de mudança. Pensadores/militantes, renomados, reconhecidos e estudados muito mais fora do Brasil que por nós brasileiros (as): Florestan Fernandes, Celso Furtado, Caio Prado Jr., Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Milton Santos e tantos outros e outras.

João Pedro Stedile: Agenda neoliberal avança com ofensiva do grande capital

No Terra Magazine

A burguesia e seus prepostos em diversos espaços de poder têm intensificado as suas movimentações em defesa dos seus privilégios na sociedade, buscando impor uma agenda que foi rejeitada nas urnas pelo povo brasileiro.

No Poder Judiciário, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) dão cotidianas demonstrações da sua prepotência ao se colocarem como “zeladores” dos interesses de uma minoria privilegiada. 

Não bastasse as manipulações grotescas que fizeram na Ação Penal 470, chamada pela imprensa como caso do mensalão, para condenar de qualquer forma os parlamentares do PT, querem impedir que o Congresso exerça sua função de debater ideias, propor projetos e aprovar leis que representem a vontade da maioria.

A mídia burguesa aumentou o tom denuncista e manipulador, protegida pelo monopólio que ostenta do sistema de comunicação brasileiro, contra a iniciativa de um conjunto de entidades da sociedade  – que ganhou  apoio do PT – de apresentar um projeto de lei de democratização da mídia, em especial das concessões públicas de televisão e rádio.

No Congresso, os parlamentares que defendem os interesses da burguesia também se assanham e querem avançar o sinal, colocando no centro do debate nacional diversos temas relacionados com comportamento e valores, de uma perspectiva conservadora.

Agronegócio

A bancada ruralista não perde tempo e, depois de empurrar goela abaixo da sociedade e do governo uma mudança vergonhosa do Código Florestal, para permitir que o capital avance sobre as florestas, rios e montanhas, agora fazem uma ofensiva contra os povos indígenas e quilombolas. 

O agronegócio sonha em explorar as riquezas naturais existentes nessas reservas, que são de uso coletivo das comunidades tradicionais. O capital não mede esforços para se apropriar de todas as terras e riquezas possíveis.

Com isso, caíram no ridículo de levar a Brasília diversas caravanas de “peões” sem consciência, fantasiados de “produtores rurais” para exigir a expulsão dos índios de suas terras ancestrais.

Ora, a sociedade brasileira reconheceu na Constituição o direito irrevogável dos nossos antepassados povos indígenas, que vivem nesse território há aproximadamente 50 mil anos, e dos quilombolas descendentes de escravos sobre suas terras.

Os capitalistas do campo exigem a demissão da presidenta da Fundação Nacional do Índio (Funai)  Marta Maria do Amaral Azevedo, como se ela fosse culpada por algum crime. Exigem a interrupção da demarcação das terras, determinada pela Constituição.

E lá vai a ministra da Casa Civil Gleisi Hoffman, de forma oportunista, apoiar os ruralistas, sonhando em receber em troca apoio, recursos e votos para sua campanha a governadora do Paraná em 2014. Santa ingenuidade em achar que os ruralistas do Paraná votarão no PT!

No governo Dilma, os setores direitistas também tratam de avançar a linha, como o ministro das Minas e Energia Edson Lobão, que acelerou os planos de privatização das reservas de petróleo descobertas pela Petrobrás, com a promoção do leilão do petróleo nesta semana.  Nada menos do que 64 empresas, a maioria transnacionais ou meras testas de ferro de grupos estrangeiros, se candidataram para comprar o patrimônio do povo brasileiro.

Lobão promete privatizar ainda mais, entregando as hidrelétricas que estavam sob concessão de empresas estatais estaduais de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, que foram devolvidas ao governo federal. Em vez da Eletrobrás administrar esse enorme patrimônio público de caráter estratégico, Lobão faz o papel dos tucanos ao privatizá-las.

Mudanças no Código de Mineração também estão em discussão para dar mais liberdade para os capitalistas internacionais se apoderarem de nossas riquezas minerais, não bastasse o que a Vale já vem roubando do povo desde sua privatização em 1997.

A aprovação da medida provisória do governo no Congresso que privatiza parte de nossos portos para atender os interesses das transnacionais do agronegócio, como ficou registrado pela imprensa nas negociações da Cargill e da Monsanto com a Casa Civil, se insere nesse contexto. E o governo prometeu ainda privatizar as últimas ferrovias que sobram.

Ou seja, há setores dentro do governo Dilma que retomaram a agenda dos tucanos. O povo elegeu Dilma para barrar o neoliberalismo e as privatizações propostas pelos tucanos. No entanto, o capital não respeita a democracia nem depende de resultados eleitorais, agindo permanentemente em todos os campos para garantir seus interesses, independente das siglas vencedoras.

Resistência

Por isso, movimentos sociais de todo o país realizamos uma plenária nacional e adotamos uma plataforma de lutas comuns, que unifica o conjunto das entidades, para denunciar essas manobras ao povo e organizar mobilizações de protesto contra a ofensiva neoliberal.

Somos contra a retomada do processo de privatizações, seja do petróleo, dos minérios, dos portos ou das ferrovias. Vamos realizar uma campanha de coleta de assinaturas para o projeto de lei que democratiza os meios de comunicação. Apoiaremos os diversos projetos que tramitam no Congresso Nacional que tratam de mudanças para a democratização do Poder Judiciário.

Vamos participar da campanha pela reforma política, para garantir no mínimo o financiamento público das campanhas eleitorais para enfrentar a influência do poder econômico. Assim, o povo  voltará a eleger os seus representantes, independente do dinheiro das empresas que depois cobram seus “pedágios” como estamos vendo nas iniciativas que avançam no Congresso e no governo federal.

Somos contra a diminuição da maioridade penal, porque isso não resolve os problemas dos menores autores de delitos. Colocar jovens com 16 anos nos presídios brasileiros apenas agrava os problemas da nossa sociedade, que são resultados de um país extremamente desigual e injusto, em que o Estado sempre priorizou o atendimento da sanha do capital.

Somos solidários aos povos indígenas e quilombolas. A sociedade brasileira tem uma dívida histórica com esses povos e precisa garantir a sua segurança para que possam viver em paz e progredir nas áreas que ocupam.

No próximo período, vamos debater essas campanhas com a nossa base e denunciar esse processo conservador, que os capitalistas e seus porta-vozes de direita querem impor ao povo brasileiro. Não podemos admitir o avanço dessas medidas, que prejudicam o povo brasileiro e ameaçam a soberania nacional.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

MST comemora 17 anos da conquista do Assentamento Cuiabá, em Canindé de São Francisco

O Assentamento Cuiabá, situado no município de Canindé de São Francisco (Alto Sertão de Sergipe) era uma fazenda improdutiva com aproximadamente 3.400 hectares, que pertencia a Antônio Duarte Dutra. Dia 12 de março de 1996, 2800 famílias Sem Terra reivindicando a área montaram um acampamento no entorno da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF).


O acampamento foi organizado pelo MST, com apoio de setores da Igreja local. Segundo o dirigente e hoje Deputado Estadual, João Somariva Daniel, “a ocupação Cuiaba é uma das maiores ocupações da história do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Brasil e a maior de Sergipe.”
Mesmo com certa complacência do proprietário da fazenda ocupada, que não arquitetou restrições à desapropriação, a luta dos acampados foi árdua: o Estado não viabilizava a realização rápida do assentamento. Os acampados tiveram que enfrentar fome, problemas de saúde e tensão com a comunidade local.
A luta foi vitoriosa. Hoje, a área se tornou um projeto de reforma agrária, e um marco histórico na luta do MST no Estado de Sergipe. Segundo João Daniel, ela foi o ponto de partida de “uma mudança completa no Alto Sertão, trazendo desenvolvimento econômico e social na região.”
Sábado 18 de maio, uma grande festa será organizada no assentamento para comemorar esta luta importante.



Confira a entrevista do dirigente e hoje Deputado Estadual (PT), João Somariva Daniel, que acompanhou essa grande conquista.



Qual é o significado da conquista do Cuiabá para o MST?

João Somariva Daniel – A luta pela terra no Alto Sertão Sergipano iniciou-se muito antes do 12 de março de 1996. O significado da luta pelo assentamento Cuiabá é diferente das lutas anteriores: a ocupação Cuiabá é uma das maiores ocupações da história do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Brasil, e a maior de Sergipe. Aqueles que tiveram a oportunidade de ver fotos e imagens se certificaram de uma mudança completa no Alto Sertão. Pastores, padres, intelectuais, estudantes e pessoas que vivem na região têm a clareza que teve uma grande mudança a partir dessa ocupação.
Essa data representa uma das maiores demonstrações de que, quando a classe trabalhadora do campo se organiza, ela conquista espaço, força e poder. Na época, a maioria dos camponeses não tinha nenhum pedaço de terra para plantar, e os órgãos governamentais, INCRA e Governo do Estado, se negavam a desapropriar fazendas na região. Os trabalhadores conquistaram a terra através de ocupações, trancamentos de rodovias e caminhadas.
Hoje, o MST é muito forte na Região do Alto Sertão. Não é à toa que elegemos vereadores e prefeito. Temos grandes exemplos na cooperação agrícola e um grande poder de produção. E um momento de muita felicidade para todos. O Movimento ajudou a sociedade da região a pensar, refletir, amadurecer e apoiar a organização.

Os acampados tiveram apoio da população?

As grandes caminhadas em meados de 1997, a primeira grande manifestação em Canindé de São Francisco, no dia 12 de março de 1996, não tiveram apoio da sociedade. Hoje essa história mudou, temos programas de rádio e apoio da população. O comércio sabe o quanto a economia cresceu com a participação do MST.

Qual é a importância do MST no processo de desenvolvimento na Região do Alto Sertão Sergipano?

A importância do Assentamento Cuiabá para a região é sem dúvida a distribuição das riquezas. Temos várias lideranças na região relatando que, na época, os fazendeiros vendiam gado e compravam produtos agropecuários em outras regiões ou na capital, e empregavam no máximo dois vaqueiros, sem os direitos trabalhistas. Hoje essas mesmas áreas têm, na grande maioria, centenas de famílias produzindo, a exemplo do assentamento Jacaré Curituba, que conta aproximadamente 700 famílias, e do assentamento Cuiabá, onde vivem mais de 300 famílias.
O Cuiabá teve um desenvolvimento fundamental no desenvolvimento da região. O latifúndio traz miséria e desemprego. Ao contrário, a distribuição da terra traz desenvolvimento econômico e social. Isso é comprovado no mundo inteiro.
 O Sertão mudou a partir da implantação dos assentamentos do MST. O maior exemplo é o município de Poço Redondo, antes e depois do MST. Esse ano, conquistamos 30 milhões de reais que serão investidos na construção de habitações em assentamentos. Estes novos assentamentos vão trazer desenvolvimento na região.
A Reforma Agrária traz desenvolvimento econômico, político, cultural e social, transforma e agrega valores às famílias. Esse é um grande feito do MST: dar um sentido à vida das pessoas e trazer a esperança de ter o que comer, onde dormir, onde produzir e educar seus filhos. É resgatar o sonho de uma sociedade mais justa e igualitária.
Coletivo de Comunicação do MST-Sergipe, 17 de Abril de 2013




quarta-feira, 15 de maio de 2013

Mais de 5.000 operários da construção civil em luta.


Centenas de trabalhadores da construção civil de Sergipe entraram em greve por tempo indeterminado. Desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (13), eles saíram dos canteiros de obras onde trabalham e percorreram várias outras construções em Aracaju em busca da adesão dos operários. Os grupos realizaram atos públicos nos bairros Farolândia, Atalaia e em frente a Assembleia Legislativa, no Centro da capital sergipana.

A categoria reivindica 15% de reajuste salarial, cesta básica no valor de R$ 150 e plano de saúde. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Sergipe (Sintracon), o estado possui cerca de 25 mil trabalhadores atuando na área com carteira assinada.



terça-feira, 14 de maio de 2013

Evento celebra criação de assentamento que beneficia 632 famílias sergipanas

No município de Canindé de São Francisco (SE), aconteceu a solenidade de criação do Projeto de Assentamento Colônia Agrícola Daniel Ricardo dos Santos, comemorando a conclusão do Convênio de Terras que beneficiou 632 famílias camponesas no alto sertão sergipano.

O evento que aconteceu no último dia 10 de maio, contou com a participação do presidente nacional do Incra, Carlos Guedes, e do ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, na assinatura de contratos do Programa Minha Casa Minha Vida e na homologação do Projeto de Assentamento.


“Consideramos importante a vinda do ministro e do presidente do Incra para que eles vejam o que já construímos através da nossa luta e de parcerias, inclusive com o estado”, disse Esmeraldo Leal, da direção estadual do MST.

Esmeraldo ainda lembrou que “Sergipe tem, proporcionalmente, o maior número de famílias acampadas e assentadas do Brasil, o que implica em mais responsabilidade e compromisso desses órgãos com a Reforma Agrária no estado”.

São mais de 8.500 famílias acampadas em Sergipe, e outras 1.400 em pré-assentamentos que ainda estão sem casa. “É na esperança de uma Reforma Agrária Popular, que promova mudanças estruturais e que garanta vida digna e de qualidade para a família camponesa, afirmamos que a nossa luta não acabou”, disse o dirigente.