segunda-feira, 8 de abril de 2013

O MST semeia saúde

No dia 8 de abril, o Coletivo de Saúde do MST-Sergipe realizou um ato na cidade de Nossa Senhora da Glória (Alto Sertão), para comemorar o Dia Mundial da Saúde (7 de Abril), assim como a memória dos Sem Terra assassinados durante o Massacre de Eldorado de Carajás (17 de Abril de 1996). Sob o lema “Semeando saúde no campo e cidade”, o evento contou com a parceria da secretaria municipal de Saúde de Glória e o grupo artístico “Luz do Sol”, e invitou os acampados e assentados do MST na região, assim com os trabalhadores da cidade de Glória, a compartilhar um momento de debate e aprendizado sobre as práticas integrativas e complementares de saúde.
O dia iniciou com um momento de cuidado coletivo com Tai Chi Chuan, seguido logo por um “café da manhã saudável”, com a apresentação do documentário “O veneno está na mesa”, denunciando os perigos dos agrotóxicos e o seu uso intensivo pelo agronegócio.
Durante o debate Katia Aragão, da Secretaria estadual de Saúde do Estado de Sergipe, apresentou os grandes eixos da implantação das políticas integrativas de saúde no estado. Para Maria Solange Feitosa, dirigente do setor de saúde do MST, “a implantação destas políticas públicas precisa de um povo organizado e reivindicando os seus direitos”. Segundo a militante, também não se pode discutir de saúde sem denunciar o atual modelo de agricultura dominado pelo agronegócio, que envenena trabalhadores e consumidores: “Precisamos enfrentar este modelo, que coloca a nossa saúde em perigo.”
O evento foi animado, com apresentações culturais do grupo de capoeira Filhos de Negro da Aruanda e do grupo Tambores do Sertão, e palestra com agentes da ADEMA. No final, o público pode experimentar oficinas práticas de massoterapia, Fito terapia, Reza, Rei Ki, ilustrando os saberes populares.
O ato se encerrou com companheiros do MST cantando a vida do povo sertanejo e sua luta por uma vida digna. Simbolizando os 19 Sem Terra assassinados em Carajás, 19 mudas de plantas medicinais foram entregue ao Coletivo de mulheres do pré-assentamento Adão Preto. As mudas darão início a uma horta medicinal.

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