quinta-feira, 25 de julho de 2013

15 mil Sem Terra marcham por Reforma Agrária em Sergipe

Nesta quinta-feira (25\07), Dia do Trabalhador Rural, 15 mil acampados e assentados do Movimento Sem Terra, vindos de todo o estado de Sergipe, estão realizando uma grande Marcha cobrando a Reforma Agrária.
Os Sem Terra saíram pela manhã da BR 101, entrada de Aracaju e estão percorrendo as principais ruas da capital.
Há uma década que o MST celebra o dia 25 de Julho com grandes mobilizações no estado. Segundo Gileno Damascena, dirigente nacional do MST: “Estamos cobrando um novo convênio de terras, que possa agilizar o processo de Reforma Agrária no estado, porque as desapropriações de terras foram muito aquém das necessidades das famílias acampadas. Também cobramos do governo melhoras na infraestrutura dos assentados, especialmente na questão das habitações.” Outro problema pautado pelo MST é o endividamento dos assentados e o acesso difícil ao crédito.
Na entrada de Aracaju, os integrantes do MST pararam em frente à Companhia de desenvolvimento hídrico de Sergipe (COHIDRO), órgão que foi ocupado esta semana durante três dias por 250 famílias do MST dos acampamentos Tingui e Mario Lago, na região metropolitana do estado, reivindicando a federalização do perímetro irrigado Jacarecica II.
Mais de 600 famílias Sem Terra estão acampadas na área, entre elas, as 220 famílias que estão ocupando a fazenda Tingui há 17 anos. Hoje, estas famílias estão ameaçadas por uma liminar de despejo. Segundo Gileno Damascena: “Este conflito precisa ser resolvido. Para isto, é necessário que o governo do estado repasse o perímetro ao governo federal, para que possa indenizar os empresários e assentar as famílias. Hoje, todos os lotes empresariais na área estão dedicados à monocultura de cana e pecuária extensiva. Não se produz alimentos e desenvolvimento, só cana para as usinas da região”.
A atividade será encerrada com concentração e ato público na Praça General Valadão, centro da capital.









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