Os
Sem Terra saíram pela manhã da BR 101, entrada de Aracaju e estão percorrendo
as principais ruas da capital.
Há
uma década que o MST celebra o dia 25 de Julho com grandes mobilizações no
estado. Segundo Gileno Damascena, dirigente nacional do MST: “Estamos cobrando um
novo convênio de terras, que possa agilizar o processo de Reforma Agrária no
estado, porque as desapropriações de terras foram muito aquém das necessidades
das famílias acampadas. Também cobramos do governo melhoras na infraestrutura
dos assentados, especialmente na questão das habitações.” Outro problema pautado
pelo MST é o endividamento dos assentados e o acesso difícil ao crédito.
Na
entrada de Aracaju, os integrantes do MST pararam em frente à Companhia de
desenvolvimento hídrico de Sergipe (COHIDRO), órgão que foi ocupado esta semana
durante três dias por 250 famílias do MST dos acampamentos Tingui e Mario Lago,
na região metropolitana do estado, reivindicando a federalização do perímetro
irrigado Jacarecica II.
Mais
de 600 famílias Sem Terra estão acampadas na área, entre elas, as 220 famílias que
estão ocupando a fazenda Tingui há 17 anos. Hoje, estas famílias estão
ameaçadas por uma liminar de despejo. Segundo Gileno Damascena: “Este conflito
precisa ser resolvido. Para isto, é necessário que o governo do estado repasse
o perímetro ao governo federal, para que possa indenizar os empresários e assentar
as famílias. Hoje, todos os lotes empresariais na área estão dedicados à
monocultura de cana e pecuária extensiva. Não se produz alimentos e
desenvolvimento, só cana para as usinas da região”.
A atividade será encerrada com concentração e
ato público na Praça General Valadão, centro da capital.
Grande é a força popular! Forte abraço, continuemos na luta!
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