quarta-feira, 2 de abril de 2014

Levante Popular da Juventude realiza "escracho" frente ao banco Itaú e decora cidade de Aracaju


Nesta terça-feira (01), dia em que o Golpe Civil-Militar completa 50 anos, o movimento Levante Popular da Juventude promoveu ato de repúdio a todos os abusos e violências sofridos pelos militantes que lutaram contra as arbitrariedades impostas pelo regime de exceção que vigorou no Brasil até 1985.
 
Decorando a cidade de Aracaju com faixas e cartazes com as seguintes frases: “Levante pela verdade! Ditadura nunca mais”; “Ditadura Militar. Jamais esqueceremos, jamais perdoaremos!” os jovens do Levante posicionaram-se firmemente contra os “anos de Chumbo”, além de denunciar os resquícios autoritários do período que permanecem até os dias atuais, como foi o assassinato do jovem David Felipe pela PM no bairro Parques dos Faróis. Completam-se assim as mensagens espalhadas pela cidade: “Chega de Extermínio de Jovens nas Periferias”; “Não queremos a polícia da Ditadura” e “David Felipe vive!”.

A decoração foi realizada em diversos locais da cidade como terminais de ônibus, viadutos, passarelas e pontes, buscando resgatar a memória do povo brasileiro e provocar uma reflexão na sociedade sergipana.

A Ditadura Militar em nosso país foi responsável por exterminar uma geração de jovens que ousaram sonhar com a construção de um país justo e soberano. Além disso, a Ditadura consolidou um projeto de desenvolvimento conservador baseado na exclusão do povo brasileiro, em detrimento dos interesses de uma pequena elite, sem projeto de nação, subordinada aos interesses estrangeiros.

Erick Feitosa

Levante Popular da Juventude realiza "escracho" frente ao banco Itaú

Ontem (01\02), o Levante Popular da Juventude realizou uma performance com cruzes e tinta vermelha, simbolizando o sangue derramado por mortos e torturados do Regime Militar, na porta do banco Itaú. O que motivou o protesto contra o banco foi uma nota publicada por ele no dia 31 de março em veículos de comunicação da grande mídia brasileira, saldando os 50 anos do Golpe Militar, ao qual o Itaú se refere como ‘revolução’.

O impacto causado pela manifestação em frente ao banco reuniu uma aglomeração de pessoas. As cruzes e cartazes depositados na porta do Itaú mostraram aos clientes e à população uma face da Ditadura Militar que muitos dos apoiadores e simpatizantes do Golpe se esforçam por esconder.

O presidente da CUT/SE, Rubens Marques, saldou a juventude do Levante Popular : “Esta é uma juventude que tem cérebro, que faz política com arte, reflexão. A juventude brasileira e gerações futuras têm direito a uma memória política, a saber o que aconteceu no Brasil durante o Golpe Militar. Por isso, a CUT cobra que seja instaurada em Sergipe a Comissão da Verdade para apurar os crimes da Ditadura Militar”.

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