Nesta
terça-feira (01), dia em que o Golpe Civil-Militar completa 50 anos, o
movimento Levante Popular da Juventude promoveu ato de repúdio a todos
os abusos e violências sofridos pelos militantes que lutaram contra as
arbitrariedades impostas pelo regime de exceção que vigorou no Brasil
até 1985.
Decorando
a cidade de Aracaju com faixas e cartazes com as seguintes frases:
“Levante pela verdade! Ditadura nunca mais”; “Ditadura Militar. Jamais
esqueceremos, jamais perdoaremos!” os jovens do Levante posicionaram-se
firmemente contra os “anos de Chumbo”, além de denunciar os resquícios
autoritários do período que permanecem até os dias atuais, como foi o
assassinato do jovem David Felipe pela PM no bairro Parques dos Faróis.
Completam-se assim as mensagens espalhadas pela cidade: “Chega de
Extermínio de Jovens nas Periferias”; “Não queremos a polícia da
Ditadura” e “David Felipe vive!”.
A
decoração foi realizada em diversos locais da cidade como terminais de
ônibus, viadutos, passarelas e pontes, buscando resgatar a memória do
povo brasileiro e provocar uma reflexão na sociedade sergipana.
A
Ditadura Militar em nosso país foi responsável por exterminar uma
geração de jovens que ousaram sonhar com a construção de um país justo e
soberano. Além disso, a Ditadura consolidou um projeto de
desenvolvimento conservador baseado na exclusão do povo brasileiro, em
detrimento dos interesses de uma pequena elite, sem projeto de nação,
subordinada aos interesses estrangeiros.
Erick Feitosa
Levante Popular da Juventude realiza "escracho" frente ao banco Itaú
Ontem (01\02), o
Levante Popular da Juventude realizou uma performance com cruzes e
tinta vermelha, simbolizando o sangue derramado por mortos e torturados do Regime Militar, na porta do banco Itaú. O que motivou o protesto contra o banco
foi uma nota publicada por ele no dia 31 de março em veículos de
comunicação da grande mídia brasileira, saldando os 50 anos do Golpe
Militar, ao qual o Itaú se refere como ‘revolução’.
O
impacto causado pela manifestação em frente ao banco reuniu uma
aglomeração de pessoas. As cruzes e cartazes depositados na porta do
Itaú mostraram aos clientes e à população uma face da Ditadura Militar
que muitos dos apoiadores e simpatizantes do Golpe se esforçam por
esconder.
O
presidente da CUT/SE, Rubens Marques, saldou a juventude do Levante
Popular : “Esta é uma juventude que tem cérebro, que faz política com
arte, reflexão. A juventude
brasileira e gerações futuras têm direito a uma memória política, a
saber o que aconteceu no Brasil durante o Golpe Militar. Por isso, a CUT cobra que seja instaurada em Sergipe a Comissão da
Verdade para apurar os crimes da Ditadura Militar”.
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