sexta-feira, 25 de julho de 2014

20.000 trabalhadores rurais do MST marcham por Reforma Agrária em Aracaju


Nesta sexta-feira (25\07), cerca de 20 000 trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra  pintaram de vermelho as ruas da capital Aracaju, realizando uma gigantesca Marcha comemorando o Dia do trabalhador rural e cobrando a Reforma Agrária Popular no Brasil.
 
A 12ª Marcha estadual teve como objetivo pautar a Reforma Agrária na sociedade, denunciar o avanço do agronegócio e cobrar das autoridades a implantação de políticas públicas e investimentos que fortaleçam a agricultura familiar. Segundo Gislene Reis, da direção do MST em Sergipe, o MST também cobra do Governo do Estado agilidade no processo de aquisição de terras destinadas a assentar as mais de 10.000 famílias acampadas no estado, algumas esperando há mais de quinze anos debaixo da lona preta, como as 220 famílias do acampamento Zumbi dos Palmares, na região metropolitana do estado.

“Há onze anos que os assentados e acampados do MST, provindos de todo o estado, se unem  nesta Marcha. Este ato é um momento importante de diálogo com a sociedade”, disse Esmeraldo Leal, da direção estadual do MST. Segundo o dirigente, a Marcha tem um caráter especial neste ano de eleições: “Hoje, o povo está demonstrando na rua que ele não quer mais este Congresso nacional dominado pelo agronegócio e a bancada ruralista, mas quer um Congresso mais justo, representando os interesses da classe trabalhadora.” Neste sentido, o MST participará neste sábado (26\07), junto com vários movimentos sociais, do “curso dos 1000” visando a preparar a campanha pelo Plebiscito popular a favor de uma Reforma Política.


A mobilização  iniciou entorno das 10 horas num trecho da BR 101 situado a dez quilômetros do centro da capital. Gritando palavras de ordem e cantando músicas populares, os manifestantes marcharam até a praça da Cruz Vermelha, onde realizaram um almoço coletivo, seguido por um ato político a favor da Reforma Agrária. João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST, reafirmou a necessidade de uma Reforma Agrária Popular e denunciou o agronegócio como o grande inimigo dos camponeses. O governador do estado de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB) participou ao ato e reafirmou seu apoio à Reforma Agrária. A Marcha seguiu depois até a praça General Valadão, no centro de Aracaju.

A Marcha contou com a participação de vários movimentos populares e personalidades políticas. Ao longo do percurso, a juventude do MST realizou várias intervenções chamando a atenção da população para a importância da Reforma Agrária.

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