quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Em Nota, Camponeses denunciam intransigência do diretor do MMA no Projeto BRA/14/G32, conhecido em Sergipe com projeto PNUD

Leia:

CARTA DE DENUNCIA A INTRANSIGÊNCIA DO DIRETOR DO MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE NO PROJETO BRA/14/G32 “CONHECIDO EM SERGIPE COMO PROJETO PNUD”

Nós, agricultores/as e técnicos/as ligados/as aos Assentamentos e Comunidades Camponesas do Sertão de Sergipe, que nos últimos 10 anos ajudamos a construir o colegiado do território do Alto Sertão Sergipano, utilizamos desta carta para denunciar e repudiar a intenção do atual diretor da pasta de Desenvolvimento Rural Sustentável e Combate a Desertificação do Ministério de Meio Ambiente, o Senhor Valdemar Rodrigues, em mudar de forma autoritária os rumos do Projeto BRA/14/G32 PIMS 3066 SERGIPE (projeto gerido em parceria entre o GEF, PNUD e MMA), que trata de fomentar tecnologias sociais e boas práticas de convivência com o semiárido nos Assentamentos Valmir Mota, Jacaré Curituba e Florestan Fernandes, em Canindé do São Francisco, além da Comunidade Rural Poço Preto, localizada no município de Poço Redondo, Alto Sertão Sergipano.
O primeiro ano do projeto foi marcado pelo trabalho em conjunto com as famílias das quatro áreas envolvidas, que produziu como resultado coletivo um diagnóstico socioambiental de cada área; a relação das boas práticas e tecnologias de interesse dos agricultores envolvidos, visando o apoio financeiro do projeto, assim como a inserção e envolvimento das famílias camponesas no contexto do projeto. Esses resultados foram alcançados por meio da realização de inúmeras oficinas, reuniões, cursos, dias de campo, visitas individuais e coletivas nos assentamentos e comunidades.
Após receber, avaliar e aprovar o diagnóstico e a relação das intervenções desejadas pelas famílias, o MMA, por meio da diretoria de Combate a Desertificação lançou um edital que atendia boa parte das demandas apontadas. Porém, depois de concluída esta fase e contratadas as instituições para execução das ações previstas no edital, o Senhor Valdemar resolve por conta própria, para o desgosto das famílias, retirar parte significativa do que já estava previsto, contratado, e com recurso financeiro assegurado pelo projeto segundo a demanda das famílias e o diagnóstico das áreas. É importante destacar ainda que o mesmo tem divulgado por onde passa que vai substituir 03 das 04 áreas, comprometendo todo trabalho já realizado com financiamento do projeto e causando grande insatisfação e frustrações aos envolvidos que, ao longo desse período, reuniram esforços junto ao projeto.
Diante desse contexto, da importância do projeto e de toda expectativa criada na região, sobretudo com as famílias diretamente envolvidas, reivindicamos que o processo do projeto seja respeitado e que sejam executadas todas as ações previstas no edital, além da ampliação para outras áreas, sem substituição ou redução das ações previstas para cada comunidade.
Na certeza de que toda essa situação será resolvida pelos responsáveis, em respeito ao processo e as famílias, assinamos:
Poço Redondo – SE, 15 de Janeiro de 2018.
Assentamentos Valmir Mota
Assentamento Jacaré Curituba
Assentamento Florestan Fernandes
Comunidade Poço Preto
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores 

Foto/ Elielma Vasconcelos

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