quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Grito dos Excluídos 2013: Juventude que ousa lutar constroi o Projeto Popular!



OBJETIVO GERAL

Anunciar, em diferentes espaços, sinais de esperança com a perspectiva de transformação e construção de um Estado efetivamente a serviço da Nação e que respeite os direitos fundamentais da pessoa humana. Fortalecer a organização, a mobilização e a luta popular. Denunciar todas as injustiças, promovidas pelo sistema capitalista, implantado em nosso país e que causa a destruição, a privatização das políticas públicas, a precarização da vida, a mercantilização e a financeirização dos bens comuns.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Defender a vida humana em todas as suas dimensões, construir alternativas que fortaleçam organizem e mobilizem os/as excluídos/as a lutar por uma sociedade nova;

- Defender o direito de todas as pessoas ao acesso à políticas públicas de qualidade e exigir mais recursos públicos para os direitos sociais;

- Lutar por justiça social e ambiental e defender os bens comuns (água, terra, minérios, sementes...);

- Denunciar as formas de organização e exploração do capital, que se mostram com uma nova roupagem, neo-desenvolvimentista, nos megaprojetos (hidrelétricas, portos, rodovias, arenas,...) e nos megaeventos (Copa e Olimpíadas);

- Denunciar o uso do orçamento público para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública brasileira;

- Construir manifestações populares que promovam a esperança e novas perspectivas de vida;

- Evidenciar que as crises, geradas pelo sistema capitalista, retiram direitos dos/as trabalhadores/as e aprofundam a exploração do trabalho precário e o desemprego;

-Fortalecer as lutas dos povos em busca da soberania dos países e apoiar as formas de luta popular em favor da transformação;

- Promover debates sobre as novas relações (gênero, raça, etnia, valores...), que contribua

EIXOS

MUNDO DO TRABALHO

São vários os desafios para a juventude trabalhadora, a começar pela lei de incentivo ao primeiro emprego do governo federal, com bases no mercado capitalista. Os jovens são encaminhados ao mercado de trabalho como estagiários, sem direitos trabalhistas, como mão de obra barata. A terceirização também atinge a juventude trabalhadora, submetendo-a a condições precárias, salários menores, alta carga horária. Além disso, ocorrem muitas doenças e acidentes de trabalho, nem sempre registrados no Ministério do Trabalho. Outro agravante é o desemprego, 3,7 milhões de jovens brasileiros/as estão sem trabalho, o que representa 47% do número total de desempregados no país. Muitos jovens vivem a realidade do subemprego, realizando biscates e sem nenhuma seguridade.

Devemos denunciar a exploração sofrida pelos jovens trabalhadores/as do campo e da cidade; Levar a discussão sobre a ligação entre precariedade, exploração, desemprego e a relação com os governos; Gritar pelos Direitos Trabalhistas e educação formal da juventude; Construir e divulgar caminhos concretos para a juventude trabalhadora enfrentar essa realidade.

JUVENTUDE E A EXCLUSÃO

Cresce cada vez mais o número de pessoas, em sua maioria jovens, vivendo em situação de profunda exclusão social, sem nenhum acesso, ou acesso precário, aos bens culturais, sociais e condições para uma vida digna. Além do que, muitas vezes, são vítimas da prostituição, do assédio e do tráfico de drogas ou vítimas do uso abusivo dessas drogas, o que ocasiona rupturas dos vínculos comunitários e a rua surge como saída para a sobrevivência. Uma realidade que escancara a mais profunda expressão das desigualdades sociais, que exclui e limita as possibilidades de garantia mínima de dignidade. Devemos lutar pela desconstrução desta realidade que cada vez mais se torna invisível aos olhos do sistema, do Estado, dos políticos e da sociedade como um todo.

COMUNICAÇÃO

Apesar da internet e as novas tecnologias terem aberto as portas para novas formas de fazer e disponibilizar informação, conhecimento, entretenimento, ainda não atingem toda a sociedade, principalmente a massa excluída economicamente. Se, por um lado, contribuem para intercâmbios culturais, novas amizades, trocas de informações, por outro, transferem valores mercadológicos, consumistas e imediatistas.

Esse processo atinge mais diretamente as juventudes, seja no campo ou na cidade. Queremos denunciar os meios de comunicação de massa que vêm, ao longo da história, utilizando as mídias como instrumento de poder, alienação e manipulação da juventude e da sociedade. As mídias alternativas apresentam-se como uma forma de democratizar as informações, articular, mobilizar e impulsionar a organização coletiva em prol de objetivos comuns. Queremos anunciar que outra forma de comunicação é possível, precisamos nos apropriar dos mecanismos de mídia em favor das lutas sociais, gritamos pela democratização da comunicação!

POLÍTICAS PÚBLICAS

Na última década especialmente, com a criação da Secretaria Nacional de Juventude, do Estatuto da Juventude e do Conselho Nacional da Juventude, os jovens se reconhecem como sujeitos de direitos. O governo federal também criou programas de juventude em varias áreas e modalidades, que oportunizam formação para o mundo do trabalho. Junto com isso, também foram impulsionados a criação de conselhos, espaços de participação da sociedade, das diversas organizações de juventude, parao monitoramento, avaliação e proposição de políticas públicas. Tudo isso é fruto da luta organizada da juventude e, apesar destas conquistas, ainda falta muito para que se responda às necessidades da maioria dos jovens. A grande parte da juventude não está sendo atendida como deveria, os empregos estão cada vez mais precários, inclusive os que fazem parte dos programas do governo. A educação não é acessível a todos/as, principalmente aos que vivem em situação de exclusão. O Grito desafia toda a juventude e sociedade a debaterem sobre pol

íticas públicas para a juventude com os movimentos sociais e poder público, para que de fato as políticas públicas sejam implementadas e monitoradas, visando uma sociedade mais justa e igualitária.

EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE

A juventude está sofrendo com a violência e o extermínio no Brasil. Os estados com maior índice de violência são Espírito Santo, no sudeste, e Alagoas, no nordeste. De acordo com o Mapa da Violência de 2012, os jovens negros são as principais vítimas de agressões e dos homicídios nos centros urbanos, e lideram o ranking dos que vivem em famílias consideradas pobres, dos que recebem os salários mais baixos, dos desempregados e dos analfabetos. Os/as jovens de 15 a 24 anos são as principais vítimas de morte, estendendo-se, de forma significativa, até os 29 anos de idade. O Grito dos/as Excluídos/as clama por paz e justiça, contra qualquer tipo de extermínio, seja físico ou mental, que atinja nossa juventude e convida a todos/as a somar-se às lutas que já vêm acontecendo.

JUVENTUDE E PROJETO

POPULAR PARA O BRASIL

Os jovens do campo, das periferias e favelas, das escolas e universidades são constantemente disputados pelo projeto capitalista. É em contraposição a este projeto que os jovens devem se lançar, no desafio da construção do Projeto Popular. O que só será possível com a luta pela construção de uma democracia plena e real, que socialize com qualidade as terras, a água, a energia, os meios de comunicação, o acesso à saúde, à educação, à moradia, ao transporte e a tantos outros direitos. Isso, somado à luta pela soberania, onde os povos tomem o rumo do país em suas mãos e onde o desenvolvimento seja ambientalmente sustentável e voltado ao interesse do povo.

Sabemos que para isso é fundamental o participação juvenil e de todos os trabalhadores e trabalhadoras. É com o trabalho coletivo que tomaremos o futuro em nossas mãos. Juventude que ousa lutar, que busca alternativas, e que é parte do povo brasileiro, constrói o Projeto Popular!

MÍSTICA

Estamos numa época de grandes mudanças e novos desafios, precisamos refletir sobre o protagonismo social dos jovens, homens, mulheres, negros, urbanos e rurais para superarem as crises, as adversidades e as situações traumáticas. É aí que entra a nossa espiritualidade, fonte e base de sustentação a uma prática transformadora com olhar distinto e microscópico das situações/realidades, que conduza à cidadania. É através da mística que buscamos essa prática transformadora, “tudo junto e misturado”, dialogando e buscando novas experiências que ajudem na superação de problemas e dos grandes riscos que afetam o crescimento humano e espiritual.

POVOS INDÍGENAS/TRADICIONAIS

O desenvolvimento desenfreado e a qualquer preço, no Brasil e no mundo, vem recheado de imposições na execução de seus projetos. No Brasil, o avanço da ocupação amazônica coloca em risco a delimitação de terras indígenas e quilombolas, pois existem interesses de indústrias de extrativismo e do próprio Estado com as novas políticas energéticas. Ainda, a promoção de grandes eventos internacionais vem servindo de justificativa para promover uma série de violações contra a população, como desapropriações de comunidades tradicionais - quilombolas e indígenas - projetos que tendem a somente enriquecer empreiteiras, conglomerados de comunicação e outras grandes corporações. Queremos mudanças profundas!

Como a demarcação de terra, autonomia e reconhecimento desses povos historicamente vítimas de exclusão, extermínio e escravidão. Para isso destacamos o protagonismo assumido pelos povos indígenas, que lutam pelo reconhecimento de seus territórios e denunciam as agressões e mortes que vêm sofrendo. Esse também é nosso grito!

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

O número de mulheres violentadas cresce a cada ano: a cada 15 segundos uma mulher é vítima de violência no Brasil. Isso se dá pela grande desigualdade entre homens e mulheres. No mundo do trabalho, as mulheres que estão nos espaços de poder e decisão ainda são poucas, sem falar do salário, que embora exerçam a mesma função do homem, continua sendo 28% inferior ao deles. Grande parte das mulheres, 70% são ou já foram violentadas por homens e muitas vezes esta agressão parte do próprio companheiro.

Como desafio, temos que nos apropriar da Lei Maria da Penha. O Grito impulsiona a discussão do papel do homem e da mulher, para que possamos combater este mal pela raiz.

ESTADO E A JUVENTUDE

O Estado brasileiro obedece a uma lógica conduzida pela macroeconomia, de acordo com medidas neoliberais, tendo como foco o favorecimento do mercado. Percebe-se claramente pelas prioridades dos últimos governos com a manutenção da atual política econômica: pagamentos de juros e amortizações da dívida interna e externa, que em 2012 surrupiaram mais de 43,98% do orçamento da União em detrimento das políticas sociais; além do favorecimento no financiamento público para empresas transnacionais. O Grito convoca e reivindica que o Estado cumpra com a sua responsabilidade de garantir direitos e políticas públicas a toda a população com qualidade e prioridade, principalmente aos nossos jovens e adolescentes.

Programação
9h– Concentração ao lado da Catedral
Hino Nacional
Apresentações:
Banda Pé de Serra – MST / Batucada do Levante (Celso) / Teatro Cáritas (Carneiro-Clenan:Discurso/Revolução) / MOPS:  Prevenção de Droga / Teatro da Marcha das Mulheres: A Violência contra a Mulher / Apresentações de Jovens: Paródia da JMJ / Batucada dos Jovens Quilombolas;
10h - Ato Celebrativo e Cultural/Mística

11h – Marcha
Roteiro: Rua Santa Luzia, Rua Maruim, Av. Ivo do Prado, Av. Barão de Maruim e Praça da Bandeira;
13h – Encerramento na Praça da Bandeira
Palavra de Encerramento
Canto “Ordem e Progresso”
Juventude que ousa lutar /  Constrói o projeto popular
“Vida em primeiro lugar”

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