sábado, 7 de setembro de 2013

Grito dos Excluídos reúne mais de 1000 manifestantes em Aracaju

Nesse sábado (7), o Grito dos Excluídos reuniu mais de 1000 integrantes de movimentos sociais, pastorais e sindicatos em Aracaju.
 
Sob o lema “Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular”, os participantes da 19ª edição do Grito dos Excluídos se reuniram de manhã na Praça Olímpio Campos, no centro da capital. Os manifestantes, representando movimentos sociais do campo e da cidade, sindicatos, pastorais e várias entidades de luta da classe trabalhadora, marcharam depois nas ruas do centro até a praça da Bandeira, formando um contraponto ao desfile oficial celebrando o dia da Independência do Brasil.



Os manifestantes denunciaram as injustiças e as desigualdades promovidas pelo sistema capitalista, a privatização das políticas públicas, a precarização da vida, a mercantilização e a financeirização dos bens comuns, e os impactos destruidores dessas injustiças sobre a grande maioria da população jovem, no campo e na cidade. Entre as reivindicações dos movimentos presentes: Reforma Agrária e Urbana, investimentos na educação e na saúde públicas, fim dos leilões do petróleo, demarcação das terras quilombolas no estado, fim da exterminação da juventude negra nas periferias, democratização dos meios de comunicação. Os manifestantes expressaram também o apoio à vinda dos médicos cubanos ao Brasil.
Segundo Gislene Reis, da direção estadual do MST em Sergipe, essa 19ª edição do Grito dos Excluídos ocorreu num contexto marcado por uma onda de mobilizações da juventude, no Brasil e no mundo: “Essas mobilizações tem que seguir adiante, na construção de um verdadeiro poder popular.” A dirigente lembrou que o MST cobra do governo Dilma a Reforma Agrária, como forma de propiciar uma vida digna a milhares de famílias pauperizadas do campo e da cidade. E cobrou dos governos do estado e federal a desapropriação imediata da fazenda Tingui, ocupada há 16 anos por 223 famílias do MST, hoje ameaçadas de despejo.

Apesar do caráter pacífico da manifestação, a Polícia Militar arrestou dois militantes do Movimento Não Pago. Os organizadores cobraram do governo de Sergipe a libertação imediata dos dois militantes.





Nenhum comentário:

Postar um comentário